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🇨🇳 RESENHA | Fox Spirit Matchmaker 2: Love In Pavilion (2025)

Nota: | Episódios: 36 | Estrelando: Liu Shi Shi e Zhang Yunlong

"O novo capítulo da série Fox Spirit Matchmaker vai para o passado, mergulhando na origem do relacionamento entre Dongfang Huaizhu e Wang Quan Hongye — os líderes das duas famílias mais influentes da Aliança Humana Yiqi, décadas antes dos acontecimentos em Red Moon Pact.

Enquanto ambos lidam com conflitos políticos entre os clãs humanos e a tensão crescente de uma guerra iminente contra os seres sobrenaturais / demônios, os dois precisam unir forças para proteger a paz. Mas o que começa como uma aliança estratégica logo se transforma em uma intensa e dramática história de amor"



amor no pavilhão foi um drama lindo de ver, mas tormentoso de acompanhar. é melhor que a sua parte 1, mas não é um drama incrível 





Love In Pavilion (Amor no Pavilhão — título em PT-BR) foi um drama esquisito de assistir. Uma montanha-russa de acertos e erros, com momentos bons e outros ruins. Mas curiosamente, termina com saldo positivo pra mim — principalmente por me dar vontade de assistir a parte 3, Sword and Beloved, e o mais importante: enterrar de vez o desastre que foi Red Moon Pact. Ele salvou a franquia.

Apesar de considerar melhor que a parte 1, achei esse drama na maior parte do tempo chato. Arrastado. Foi torturante acompanhar, porque a história não engrenava. Melhor dizendo: parecia um um carro afogando: quando começava a andar, logo o motor travava novamente.

A trama de Love In Pavilion é inchada, com muitos núcleos que não tiveram tempo suficiente pra se desenvolver. Ao mesmo tempo em que é acelerada, é arrastada — sim, contraditório, mas é essa a sensação. O casal principal, de novo, não funcionou para mim. Melhor que o da parte 1? Sim. Mas ainda assim, bem morno. Os casais secundários, por outro lado, seguraram muito bem a história.

No aspecto técnico, o drama é impecável (menos o roteiro). Visualmente, é o drama mais bonito de 2025 no meu ranking pessoal. Mas só.

A história parece perdida, sem saber para onde ir — o que lembra a parte 1. Mas aqui, diferente de Red Moon Pact, conseguiram trabalhar melhor esse caos. Encontraram um fio condutor e seguiram com ele, mesmo que ainda não tenha sido suficiente para tornar a experiência realmente agradável para mim.



Sobre os protagonistas, o casal principal não funcionou para mim. achei fraco, com um protagonista masculino que mais parecia coadjuvante e até tinha um romance que pairava ali, mas não era o forte, nem encantador. Apesar do potencial, senti que a execução não foi boa, mas mesmo assim conseguiram entregar alguns bons momentos.

A Shi Shi está bem como Dongfang Huaizhu. Dentro do que foi proposto — uma heroína mais blasé — ela entregou. Huaizhu lembra muito a Tushan Rong Rong, mas a Shi Shi conseguiu trazer emoção mesmo com o ar frio e poucas expressões, algo que a Yang Mi não conseguiu. 

Não entendo a obsessão dos roteiristas por personagens blasé — é difícil se conectar com esse tipo —, mas a Huaizhu é carismática, e isso me fez me importar com ela.

Já o Leon Zhang teve dificuldade para me convencer como protagonista. Diferente do Gong Jun, que defendeu bem seu posto, Leon Zhang foi eclipsado por todo o elenco. O personagem dele é fraco, apático, sem presença de protagonista. 

Melhorou bastante depois da metade da história, no arco do Reino Yu Yao (talvez o cabelo branco tenha ajudado). Só no episódio 22 ele me convenceu, de fato. Ainda assim, para mim, faltou carisma e aquele brilho de protagonista. Acho que o personagem não combinou com ele, mas ele fez o possível e se encontrou no final.



No geral, os personagens são muito melhores do que os da parte 1. Só teve uma que começou me agradando bastante, mas acabou se tornando irritante: a Qinlan, irmã da Huaizhu. Acho que exageraram demais na personalidade dela — aquele jeito “solar” e sem noção que no início era até engraçado, com o tempo, fica só chato. 

Conforme a história avança, ela vai sumindo e ficando sem propósito, servindo apenas para atrapalhar o romance da irmã, sendo muito chata. Uma pena, porque a personagem tinha potencial, mas exageraram e desperdiçaram a chance de fazer algo interessante com ela.

Sobre os outros casais, eles funcionam e têm bons momentos (apesar de alguns desfechos serem meio confusos). Meus preferidos foram o da sobrenatural sanguessuga e o menino dos três olhos no futuro, o casal aranha (fofos!) e o meu casal vilão: Raposa Negra e Imortal Celestial, que para mim foram o verdadeiro casal protagonista (falo melhor sobre mais abaixo).

Os arcos são interessantes, com relevância dentro da trama maior e ajudam a construir o excelente clímax da luta final fora do círculo, sendo melhor desenvolvidos que em Red Moon Pact. Meus destaques são o do Reino Yu Yao e o Arco do Futuro — maravilhosos.



Os vilões estão maravilhosos, graças a Deus, acertaram em cheio (menos em um). Mesmo os mais clichês entregaram o que era preciso para a história funcionar. Apesar dos bons vilões, teve um que foi triste: o vilão capacho Jin Ren Feng... novamente uma decepção. Potencial desperdiçado. 

Era uma chance perfeita para construir uma origem de vilão impactante, mas ele só aparece de passagem, sem desenvolvimento, motivações claras, personalidade ou história. Ele não é relevante na trama. É totalmente dispensável.

Já diferente dele, a Raposa Negra teve um glow up ABSURDO — os roteiristas finalmente deram personalidade, contexto e importância real para ela na trama. Saiu do mundo das ideias e falas e se tornou uma vilã digna, com atitudes e ações relevantes . Trazendo o contraponto que a história precisa e gira em torno. Meus preferidos foram, obviamente, Jiu Luo (Imortal Celestial) e a Jia Lan (Raposa Negra). 

Além da química absurda, ainda entregaram o melhor casal da história — eram apenas dois vilões apaixonados só querendo viver o amor caótico deles. E aí vem a ambição humana (Rei de Yu Yao), querendo controlar os sobrenaturais, mata ela na frente dele, prende ele… 100% justificado quererem destruir o mundo. As atuações deles estão ótimas, inclusive foi o casal que realmente me emocionou. Foi uma história triste e bonita.



Em contrapartida, apesar dos casais secundários serem bons, não houve tempo suficiente para desenvolvê-los melhor, o que prejudicou minha conexão com eles — não deu para sentir tudo e me importar mais com o que os desfechos pediam. 

Sobre o roteiro, a estrutura ainda me parece um Frankenstein. Na teoria, a história é boa, mas na prática não funciona. O elenco é grande demais e são muitas histórias paralelas para caber bem em 38 episódios. Essa trama precisava de 80–100 episódios para funcionar com dignidade. 

Dado o tempo de produção depois do caos que foi Red Moon Pact, minha teoria da conspiração é que ajustaram muita coisa na pós-produção. E mesmo assim, Love In Pavilion entrega uma trama mais interessante e coesa. Ainda que cheia de problemas, foi mais interessante de acompanhar que a parte 1.



Love In Pavilion conseguiu realizar sim um pequeno milagre. É visualmente deslumbrante, mas tem uma narrativa um tanto rasa — evoluiu de um pires para um copinho descartável de café. A trama corre rápido demais, resolvendo tudo de forma simples e sem emoção.

O arco do futuro foi o único que entregou algo mais emocionante para mim, seguido do Reino Yu Yao e a luta final enquanto o restante segue uma linha reta com leves momentos de tensão graças as histórias paralelas dos casais da vez.

Quando tento fazer conexão com Red Moon Pact fica ainda mais confuso, sem falar que é pouco explorado. Faltam referências, aparições especiais e mostrar que é um universo realmente interligado. O pouco que entregaram, como a aparição da Tushan Yaya e ainda citando a Rong Rong, foi incrível de ver, mas fica o gostinho de potencial desperdiçado.

O romance do casal principal não funcionou para mim, mas é melhor que o da parte 1. A química deles é fraca e os momentos românticos, quando tem, é quase apáticos. Mas a história deles foi boa de acompanhar, dada a proporção, e o final deles foi maravilhoso para mim. 

Entretanto, acho que teve casais melhores. Os casais secundários foram mais carismáticos e interessante de acompanhar que o principal, no quesito romance.



Já as cenas de ação, trabalho em equipe e os momentos de luta são o ponto alto — inclusive, os cinco episódios finais são excelentes, com traições, carnificina, sacrifícios e vilões finalmente ameaçadores (Raposa Negra, perfeita!).

O que foi a Raposa Negra dando uma de satanás tentando Jesus no deserto causando o puro suco da desgraça no grupo dos mascarados? ESPETACULAR! Foi uma delícia de ver e muito bem feito. Finalmente a história mostrou um peso, consequências, sendo boa de acompanhar. Entregou momentos memoráveis.

Apesar dos altos e baixos, no geral, achei que a história compensou. Salvou a série do desastre de Red Moon e criou uma boa ponte para a Parte 3 da trilogia Sword and Beloved

No fim, Love In Pavilion terminou com saldo positivo para mim. Entregou uma narrativa mediana, legal, uma estética barbaramente linda, romance dos casais paralelos melhores e bons vilões, mesmo com roteiro bagunçado e confuso.  6/10 ou 3 estrelas acho uma nota justa. Termina com saldo positivo — mas com muitos poréns.

Obs: Quero elogiar aqui a iQiyi pela excelente legenda do cdrama que está impecável. A localização ficou perfeita. Podem ir sem medo.


📍 Onde assistir: iQiyi  |  Infinite Dramas
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